Somos estudantes de Psicologia na Universidade Católica, do segundo ano.
Este blog foi construido no ambito da disciplina Psicologia da Paz, tendo como tema principal o Terrorismo.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Segunda Entrega


Este cartoon faz uma forte crítica à maneira como determinadas sociedades respondem e contra-atacam ao chamado “terrorismo”. Esta critica pode ser evidente pelo contraste entre estas duas situações, que nos faz de certo relembrar a situação que actualmente tem sido vivida pelo Iraque, quando em confronto com a América.
Esta imagem faz-nos pensar como o terrorismo pode ser visto perante duas perspectivas bem distintas e na dificuldade que a sua definição nos traz. Afinal quem são os terroristas? E o que é o terrorismo?
Para explicarmos melhor o conteúdo crítico deste cartoon e para percebermos bem a complexidade destas duas visões, iremos falar de um caso específico, que é o da guerra no Iraque, isto por ser um tema muito actual e já muito badalado nos dias de hoje.
Tendo a América sofrido um ataque, que denominou de “terrorista” e que de um ponto de vista ocidental se encaixa na definição deste conceito, decidiu contrapor atacando também. Como podemos verificar na observação deste cartoon, está expressa (do lado esquerdo) esta visão do “ataque”. Contudo, ao tentar impor o seu ponto de vista no outro lado do mundo e justificando este ataque como uma “guerra ao terrorismo”, não poderemos assim dizer, que praticaram também algum acto terrorista? A questão é subtilmente focada nesta imagem, visto que de um modo irónico, apresenta-nos o ataque (do lado direito) como “militarismo”.
Uma outra questão levantada por este cartoon, está na dificuldade hoje em dia, de perceber o que é ou não legal, porque se olharmos de diferentes pontos de vista (mais uma vez!), actos semelhantes, mas a que são atribuídos nomes diferentes, são também “punidos” de forma diferente. O que queremos dizer com isto, é que dado que definimos o terrorismo como um acto que consiste no uso da violência física, ou psicológica, por indivíduos ou grupos políticos, contra a ordem estabelecida através de um ataque a um governo ou população que o legitimou de modo que os estragos psicológicos ultrapassam largamente o círculo das vítimas para incluir o resto do território, não poderemos assim dizer que o que os E.U.A. fizeram, não terá sido um “ataque terrorista” também? Se virmos esta definição, palavra por palavra, podemos verificar que foi usada efectivamente a violência contra um determinado governo e população, provocando diversos estragos físicos e psicológicos, mas designam estas acções por uma espécie de defesa e de prevenção ao terrorismo e não um ataque terrorista.
Podemos assim concluir, que de certa forma, possivelmente haverá uma atitude terrorista de ambos os lados, mas são atribuídos nomes diferentes e causas diferentes.
Deixamos aqui uma questão em aberto, estes ataques serão fruto de um confronto de ideias distintas, ou uma tentativa de as impor à força?

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